quinta-feira, 2 de junho de 2011

Links dos artigos científicos.

http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/5704/psicologia-do-esporte-artigo/pagina-1

http://www.academicoo.com/artigo/psicologia-do-esporte-uma-area-emergente-da-psicologia

http://www.cdof.com.br/med10.htm

http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0483&area=d14&subarea

Resenha

Resenha Crítica do filme Desafiando Gigantes


Em seis anos à frente do time de futebol americano Shilon Eagles, o treinador Grant Taylor nunca levou sua equipe as finais. O fracasso invade sua casa, quando descobre que não pode ter filhos com a esposa. Ao mesmo tempo, Grant descobre que pode ser demitido. è quando ele ora a Deus e recebe a mensagem de um visitante inesperado. Nesse instante, o treinador irá desafiar tudo e todos, a fim de provar que Deus lhe deu coragem e força para vencer.
O Filme apesar de ter um contexto religioso, pode se englobar no contexto da psicologia do esporte, principalmente em suas horas motivacionais, quando o técnico procura mexer com o brio dos jogadores. Testando-os, incentivando-os, "Colocando o sangue em seus olhos", consegue então a glória tão esperada.
O filme não só é voltado para religiosos ou desportistas, mas sim para todos aqueles que se sentem desmotivados, aqueles que não se conformam com o que tem, procurando mudar mais não sabem como.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Entrevista

Texto a seguir foi retirado do blog psicoesporte.com em que eles entrevistam a psicóloga Marcia que atua na area esportiva, falando um pouco sobre sua vida e como chegou onde está:

Blog: Comente sobre sua formação?
Márcia: Na época em que fiz a graduação não se falava em Psicologia do Esporte
. A partir da necessidade prática, quando comecei a trabalhar na área, fui atrás de conhecimento técnico. Busquei cursos de extensão, entrei no Mestrado e me aperfeiçoei. Inicialmente, era complicado até de conseguir livros e artigos específicos da área. Nos reuníamos em grupos de estudos para estudar e discutir a partir da experiência de cada um.

Blog: Como e quando iniciou na psicologia do esporte?
Márcia: Trabalhava numa escola que fica dentro de um clube poliesportivo. Me interessei pela Psicologia do Esporte a partir da observação dos ambientes de treinamento. Comecei o trabalho com a equipe de Ginástica Artística e posteriormente ampliamos para Esgrima, Natação, Ginástica Rítma, Vôlei e Basquete. Fiz Mestrado e busquei me aperfeiçoar na área. Penso que o psicólogo é fundamental não só trabalhando junto aos atletas como com a equipe técnica.
Comecei nesta área no clube Grêmio Náutico União – Porto Alegre – RS, onde trabalhei por 14 anos (8 só com esporte), iniciei como psicóloga escolar na escola de educação infantil que existe no clube. A proposta desta escola é aliar a educação com o esporte e as crianças praticam uma iniciação esportiva diariamente nas dependências do clube. A partir do meu contato com os diferentes departamentos do clube e minhas percepções a respeito das interações entre técnicos e atletas, foi proposto um projeto de trabalho (inicialmente na Ginástica Artística) e a partir daí, ampliado a outros departamentos. Desempenhei meu trabalho em ambas as áreas (escolar e esporte) por cerca de 1 ano e meio e depois somente com a psicologia do esporte durante 8 anos, com diferentes modalidades. Durante o trabalho no Grêmio Naútico União, trabalhei também com futebol por 2 anos no Clube 15 de Novembro (em Campo Bom/RS) e, atualmente, além do trabalho no consultório (onde acompanho atletas), sou psicóloga esportiva do Instituto Gaúcho do Tênis (
http://www.igtenis.com.br/), um centro de excelência na modalidade.

Blog: Qual o cenário da Psicologia do Esporte no Rio Grande do Sul? Que conselho você dá para quem é de seu estado e está interessado em trabalhar na área?
Márcia: Penso que a Psicologia do Esporte é uma área em expansão e com grandes possibilidades de crescimento. Acredito que este se dará especialmente no terceiro setor em função de saber-se que a prática esportiva é reconhecidamente um caminho para educação e cidadania.
Ainda carecemos de profissionais competentes para atuar no mercado acadêmico e profissional. Poucas universidades contam com a disciplina Psicologia do Esporte (a maioria como optativa) e os estágios são raros. Mas estamos caminhando para expandir e firmar a área.

Blog: Você possui experiencia com várias modalidades esportivas individuais e coletivas. Existe diferenças nas estratégias em sua atuação?
Márcia: Existe diferenças para modalidades individuais e coletivas bem como cada modalidade esportiva possui suas particularidades que devem ser levadas em conta na hora da intervenção.
Nas modalidades coletivas deve-se considerar os aspectos de grupo como um dos fatores principais a serem trabalhados. Assim, estaremos atentos a questões como: o estabelecimento de um ambiente favorável ao rendimento esportivo, com as inter-relações entre os membros, a construção da coesão do grupo, o papel das lideranças, os processos de comunicação, o funcionamento (as leis) do grupo e, especialmente, o desenvolvimento de uma identidade grupal. Cada grupo terá sua cultura própria, inserida naquele contexto particular e naquele momento. É por este motivo que não se pode ter “receitas de intervenção”, pois é preciso levar em conta todas estas particularidades para conseguir-se um resultado eficaz. Por exemplo: um mesmo time pode funcionar de um determinado modo com um técnico e de modo completamente diverso com outro tipo de liderança, ou ainda em diferentes momentos de um campeonato.
Já nas modalidades individuais, geralmente atendemos às necessidades de cada atleta em sua performance. Estaremos atentos a questões como o gerenciamento do estresse, controle de atenção e ansiedade, estabelecimento de metas, manutenção do foco e da motivação. Dependendo da situação, também trabalharemos a interação do atleta com o seu entorno (técnico, pais, mídia etc.). Um aspecto que considero fundamental é termos presente toda a pessoa e não apenas o atleta, pois penso que é nosso papel buscar a melhoria pessoal do sujeito na sua vida.
Blog: Sua experiencia profissional também possibilitou participar de muitas comissões técnicas. Qual é o papel fundamental do psicólogo do esporte numa comissao tecnica?
Márcia: O psicólogo precisa entender que ele é mais um integrante na comissão técnica e, na minha opinião, quem lidera esta equipe é o treinador/técnico. Sendo assim, a integração profissional entre eles é fundamental, pois á partir da relação de confiança estabelecida que será possível desenvolver um bom trabalho com os atletas. Quando o profissional da psicologia está inserido na equipe técnica, planeja conjuntamente com o técnico suas ações, pois a periodização do treinamento também ocorre na psicologia. Se há a necessidade de, por exemplo, treinar-se habilidades específicas, pode-se programá-las para treinar-se também em campo.

Blog: Atualmente você trabalha no IGT (Instituto Gaúcho de Tênis). Comente sobre sua atução nessa instituição?
Márcia: O IGT é um centro de treinamento em excelência de tênis. Temos uma equipe de 14 atletas, 4 técnicos, preparador físico, fisioterapeuta e psicóloga que atuam diretamente na equipe. Minhas atribuições são:
- acompanhamento ao atleta (avaliação individual, preparação pré e pós competição, coaching);
- assessoramento ao técnico (ou equipe técnica);
- trabalho interdisciplinar (médico, fisioterapeuta, nutricionista, diretores);
- orientação a pais.

Blog: O tênis é uma das modalidades que tem mais abertura para o psicólogo do esporte. Na sua opinião por que outras modalidades não tem a mesma abertura para esse profissional?
Márcia: Uma das maiores dificuldades para a ampliação da atuação do psicólogo esportivo, ao meu ver, é o caráter subjetivo de seus efeitos. É difícil mensurar o quanto há do nosso trabalho no rendimento do atleta. E esta é uma dificuldade para “vendermos” nosso trabalho.
Acredito ainda que por ser uma área relativamente nova, ainda encontram-se resistências, por desconhecimento e preconceito.
Os próprios psicólogos desconhecem os aportes teóricos e técnicos específicos da área e acabam “queimando” a possibilidade de um bom trabalho em Psicologia do Esporte ao tentarem agir com o conhecimento que dispõem, criando mais um preconceito: “Psicologia do Esporte não funciona”.

Blog: O que é preciso para a psicologia do esporte, sair dos “guetos” e realmente se consolidar como uma área atuante?
Márcia: Baseado no que respondi na questão anterior, acho imprescindível a divulgação de trabalhos realizados seriamente tanto a nível acadêmico quanto nos ambientes esportivos. É importante informar ao público das possibilidades da área. E não apenas no que é relacionado ao esporte, mas também na atuação junto à atividade física, pois acredito ser uma área de atuação ainda com grandes possibilidades de ampliação.

Blog: Outras informações.
Contato
mpvalle90@hotmail.com. Site: www.psicoesporte.com.br

Charge

Com a função satírica, a charge demonstra um caso típico em que a psicologia entra no meio esportivo.
Os times de futebol e suas batalhas campais ilustram claramente que os jogadores não têm uma mente tão bem trabalhada para superar a pressão da torcida e do resultado, a "catimba" do adversário e principalmente a rivalidade entre eles.
Fonte da Charge

Charge

Vemos uma bola de futebol sendo consultada em consultório de psicanálise,em que sua infelicidade é posta à tona.
O fato de não fazer gols acarreta aos disturbios descritos que são sentimentos de inadequação e falta de direcionamento.
O texto tem função de reflexão e indiretamente satiriza muitos craques de futebol que não conseguem satisfazer a bola.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Psicologia do Esporte

O texto a seguir trata de explicar tudo sobre a psicologia esportiva em suas mais variadas atuação e como é aplicada:

A psicologia do esporte (desporto) ainda é uma ciência muito nova, nas faculdades de Educação Física ela já tem um tratamento diferenciado até com aulas especificas nas grades de ensino, mas ela ainda não é tratada como deveria ser nas faculdades de psicologia que deveriam ter pelo menos uma disciplina optativa que desse uma melhor noção do que esse tipo de psicólogo faz.
Hoje os psicólogos nessa área ainda encontram problemas como a raridade de materiais informativos sobre o que está acontecendo, poucos livros, má remuneração e trabalhos mal desenvolvidos por psicólogos inexperientes que trabalharam com atletas.
Para executar esse trabalho é importante que o profissional tenha a formação de psicólogo e posteriormente faça um curso de extensão na área. Nos livros e entrevistas, palavras que ouvimos a todos os momentos foram relativas ao controle de sentimentos, atenção, equilíbrio e otimização de performance.
Nesse tipo de trabalho o psicólogo trabalha muito com todos os outros envolvidos na qualidade de rendimento que o atleta possa oferecer, é altamente multidisciplinar envolvendo médicos, fisioterapeutas, técnicos, pesquisadores. Claro que a priori o objetivo é fazer com que o atleta de a melhor resposta possível no campo, piscina ou quadra. Seu corpo e mente em equilíbrio trabalhando em comunhão para alta performance. Para os psicólogos amantes do esporte é uma carreira maravilhosa, como é nova também é cheia de opções, caminhos a serem conquistados, estudos a serem feitos, áreas de trabalho.
Uma forma de se começar a falar sobre Psicologia do Esporte é falando de João Carvalhaes, pioneiro na introdução desse tipo de prática no Brasil. Em 1958, ele começava a praticar esse tipo de psicologia com a equipe que disputaria o Campeonato Mundial de Futebol. Foi nesse ano que ganhamos o primeiro título mundial.
Desde então, a Psicologia do Esporte é uma área emergente de atuação, embora tenha se firmado mais efetivamente após os anos 90.
No time São Paulo Futebol Clube (SPFC), Carvalhaes tinha foco de trabalho a psicotécnica. Ele estudava os estados tensionais como fato que cria condições às distensões musculares. Em outra frente, pesquisava a prática e interpretação de testes de personalidade e inteligência; a organização e orientação de cursos que visem à preparação psicológica dos atletas; a orientação e instalação do laboratório de futuras experimentações e pesquisas –com recursos para medir visão estereocópica (binocular), reação psicomotora a estímulos visuais e a estímulos auditivos; cálculo de velocidade relativa; cálculo de espaços em largura e sensação quinestésica.
No entanto, seu trabalho não se limita a esse estudo que parece ser mais cientifico. Caravalhaes olhava o atleta como uma pessoa e tinha preocupações sobre o lado sócio econômico, emocional, social dos atletas.
Essa visão do ser que pratica o esporte é muito importante para não se utilizar a psicologia limitadamente como ciência do comportamento. Muito mais do que isso, a psicologia pretende desenvolver e discutir com os atletas todas outras áreas de sua vida: valores pessoais, motivações e percepções. Um atleta completo não é só um homem em seu perfeito estado físico, como ser humano ele é um conjunto de corpo e mente.
O esporte abre as portas para inseguranças, medos, ansiedades, estresses, agressões humanas e somatizações. Outra questão presente na vida do esportista é a aposentadoria, pois essa é uma carreira de curta duração. Por essas e por outras, o atleta vive na fronteira do desequilíbrio emocional.
O trabalho do psicólogo é fazer com que o atleta busque o equilíbrio, tanto físico quanto mental. O psicólogo do esporte trabalha no sentido de desenvolver no atleta maior percepção de seu corpo e mente. Os resultados são muitos, como aumento da concentração durante jogos, diminuição do estresse, automatização de cuidados básicos, velocidade de raciocínio para melhores respostas durante o jogo, entre outras.
Hoje as faculdades de Educação Física têm aulas voltadas para a Psicologia do Esporte. No entanto, são raras as faculdades de Psicologia que aprofundam os estudos na área. Mesmo com formação insuficiente, profissionais licenciados em Psicologia podem exercer a função de psicólogo do esporte. As faculdades de Educação Física tem na sua grade aulas de Psicologia do Esporte a vinte anos e nos cursos de Psicologia não existe nem a divulgação do assunto. Os psicólogos do esporte podem assumir diversos papéis, como educador, disseminando o conhecimento; como pesquisador, com interesse nas descobertas; e como clinico, para ajudar os atletas a desenvolverem estratégias psicológicas que os levem ao alto rendimento esportivo.
Segundo Regina Brandão, esses psicólogos que resolvem atuar com clínicos, devem diagnosticar e tratar psicopatias, dar e interpretar teste, fornecer serviços a comissão técnica, aos dirigentes e aos familiares dos atletas. É obrigação do psicólogo ter uma formação apropriada, rigorosa, feita por cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.
Suzy Fleury, também reconhecida psicóloga do esporte, fala que além de contribuir para a performance de atletas se deve trabalhar para transformá-los em pessoas mais realizadas e felizes. Mais do que atletas, pessoas melhores. Ela explica um pouco as teorias que norteiam seu trabalho: • Teoria da Inteligência Emocional, que trata do papel que as emoções desempenham e diz que eles são muito mais importantes do que se acreditava anteriormente no sucesso individual e, como conseqüência, na vitória coletiva; • Teoria Psiconeuroimunológica, que estuda a relação entre mente / cérebro / sistema de defesa do organismo, que defende que a mente e o corpo estão intrinsecamente ligados e a sua interação exerce uma profunda influência sobre a saúde e a doença. • Teoria Psiconeuromuscular e Teoria Simbólica do Aprendizado, com diversos estudos sobre quanto mais prática mental melhor a performance na classe.
“Quem quer que esteja fisicamente bem preparado pode fazer coisas incríveis com seu corpo. Mas quem junta a um corpo em forma uma cabeça bem cuidada é capaz de feitos excepcionais.” (Alexander Popov, melhor nadador da Olimpíada de 1996)
Fonte:Wikipédia